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O Corinthians não vê alternativa para bancar o empréstimo de R$ 400 milhões junto ao BNDES para o início das obras do seu estádio a não ser encontrando um parceiro que tope pagar no mínimo R$ 25 milhões anuais pelos primeiros dez anos da arena para ter o direito de expor sua marca no nome do estádio, os naming rights. É com esse o valor que o diretor de marketing Luis Paulo Rosemberg trabalha para tornar a futura casa corintiana em um empreendimento “superavitário”.
A Odebrecht, construtora responsável pela obra, é fiadora do Corinthians na obra, mas é o clube que deverá garantir o pagamento do empréstimo que pediu ao BNDES. E é aí que o clube aposta na força da marca do Corinthians para encontrar uma empresa disposta a batizar o estádio por um preço satisfatório. “Em alguns estudos internacionais, as empresas que participam desse mercado de naming rights gastam em média R$ 25 milhões por ano e esse valor a gente consegue ter”, disse Rosemberg, que é otimista para conseguir um valor até superior ao estipulado.
“Em se tratando de Corinthians acho que dá para conseguir até 35 milhões, 40 milhões por ano. Para um clube que tem uma camisa de 51 milhões é possível”, disse o diretor, citando o valor que o Corinthians desembolsa com os patrocínios de uniforme neste ano.
Para Rosemberg é impensado para o Corinthians usar seus recursos próprios obtidos com os rendimentos gerados pelo futebol do clube para bancar a construção do estádio. “Vamos bancar o estádio do Corinthians com dinheiro de fora do futebol. O contrário é uma tragédia, o time fica 10 anos sem ganhar nada (lembra do caso do São Paulo quando construiu o Morumbi). O dinheiro que o clube arrecada no futebol tem que servir para comprar o Kaká e não tijolo”, disse.
O principal empecilho que o diretor corintiano vê no momento de negociar os naming rights da futura arena do Corinthians é a falta de exemplos sólidos de que esta prática pode dar certo no Brasil. Ele cita o exemplo do estádio do Atlético-PR em Curitiba que, antes de ser construído, já era chamado de Arena da Baixada. Quando a Kyocera pagou para dar o nome ao estádio, o nome popular já havia pegado.
“No Brasil este negócio não existe. Teve um exemplo com um estádio de cinco anos que já tinha apelido quando venderam o nome. O valor oferecido precisa ser viável para um estádio que ainda será construído”, disse.
A maior briga interna no marketing do Corinthians é evitar ao máximo que expressões como “Fielzão” ou “Itaquerão” ganhem força entre os torcedores. Até Ronaldo, um entusiasta do novo estádio corintiano, na sua última entrevista coletiva, fez questão de reprovar os repórteres que chamavam a futura arena de “Fielzão”. “Nem é esse o nome que o estádio vai. Tem muita negociação para acontecer ainda”. Se o nome popular pegar entre os torcedores, o Corinthians teme não conseguir com as futuras empresas pretendentes o valor que deseja pelos naming rights do estádio.
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