Garotas do ring – Aquelas lindas garotas que ficam com os plaquinhas mostrando o round
(01)
(02)
(03)
(04)
(05)
(06)
(07)
(08)
(09)
(10)
o blog do torcedor corinthiano, sport clube corinthians paulista desde 1910, corinthiano que não sofre não é corinthiano, corinthians é sinônimo de raça e vitória e glórias, ai galera chegue mais e conheça. e aprecie também as belas musas do futebol brasileiro e mundial e as gatas da internet e outras curiosidades.
O mundo do Boxe sempre foi território masculino, mais isso está mudando. Veja belos exemplo disso:
Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
O Corinthians tem uma série de números interessantes em clássicos e leva vantagem sobre dois dos seus três maiores rivais. Contra o São Paulo, já são 21 vitórias de distância - incluindo o 3 a 0 deste domingo, no Pacaembu. Diante do Santos, a diferença é ainda maior: 28 triunfos a mais. A única desvantagem é no confronto com o Palmeiras. Aí, o Timão possui sete vitórias a menos.
Em matéria de gols, observam-se as mesmas vantagens. Tem quase 90 tentos a mais do que o Peixe, pouco menos de 30 de frente sobre o São Paulo e 43 gols a menos do que o Verdão.
Um dado curioso é que, de 2000 para cá, os retrospectos são totalmente inversos. Nos últimos dez anos, o Timão só leva vantagem contra o rival alviverde e possui menos vitórias que São Paulo e Santos no período.
Confira abaixo alguns números do Timão nos três clássicos:
Corinthians x Santos
| Vitórias na história (295 jogos e 81 empates) | Vitórias desde 2000 (33 jogos e 5 empates) | Gols | Maior goleada a favor |
---|---|---|---|---|
Corinthians | 121 | 12 | 551 | 11x 0 (11/7/1920) |
Santos | 93 | 16 | 464 | 8 x 3 (4/9/1927 |
Corinthians x São Paulo
| Vitórias na história (286 jogos e 91 empates) | Vitórias desde 2000 (35 jogos e 12 empates) | Gols | Maior goleada a favor |
---|---|---|---|---|
Corinthians | 108 | 11 | 413 | 5 x 0 (10/3/1996) |
São Paulo | 87 | 12 | 386 | 5 x 1 (1/1/1946 e 8/5/2005) |
Corinthians x Palmeiras
| Vitórias na história (334 jogos e 101 empates) | Vitórias desde 2000 (31 jogos e 10 empates) | Gols | Maior goleada a favor |
---|---|---|---|---|
Corinthians | 113 | 12 | 447 | 5 x 1 (27/8/1952 e 1/8/1982) |
Palmeiras | 120 | 9 | 490 | 8 x 0 (3/11/1933) |
Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Representante de uma nação de torcedores, o Corinthians se transformou em um saboroso tema para as mais variadas manifestações artísticas. Música, cinema e literatura buscaram inspiração nas glórias e na popularidade do Timão durante seus 100 anos.
A primeira grande produção relacionada ao Corinthians foi o filme “O Corintiano”, de 1966, estrelado pelo humorista Mazzaropi, um dos ícones do gênero no país. O filme retrata de forma cômica todas as loucuras que um apaixonado torcedor faz para acompanhar as partidas do Alvinegro.
O cinema, aliás, virou um aliado do clube na divulgação de sua história nos últimos anos. O primeiro lançamento foi o documentário “Fiel”, de 2009, com roteiro do apresentador Serginho Groisman e do escritor Marcelo Rubens Paiva. Com depoimentos de torcedores, a película mostra todo o sofrimento pelo rebaixamento para a Série B e o renascimento com o retorno à elite do Campeonato Brasileiro.
- Nós começamos a fazer o filme e não sabíamos como terminaria porque o campeonato não tinha acabado. Frequentamos os estádios lotados, cantamos com a torcida e acabou sendo emocionante. No fim, foi o melhor roteiro que alguém poderia apresentar – contou Paiva.
Pouco tempo depois, o Timão teve registrado também um de seus momentos de maior glória: a conquista do Campeonato Paulista de 1977. Foi lançado o documentário “23 anos em 7 segundos”, com roteiro e direção de Di Moretti. O filme relata a partida em que o time derrotou a Ponte Preta, no Morumbi, com gol de Basílio, quebrando o jejum de títulos.
Já em 2010, o Corinthians ganhou um retrato de toda sua história com o filme “Todo Poderoso: O Filme – 100 Anos de Timão”. A direção é de Ricardo Aidar e André Garolli e conta com imagens inéditas e depoimentos de destaques, como de Pelé e do presidente Lula, toda a trajetória alvinegra desde 1910.
A música também buscou inspiração no Corinthians. Poeta do povo, Adoniran Barbosa, que completaria 100 anos em 2010, foi um dos cantores que mais reproduziu o amor pelo clube em suas canções, como em “Coríntia (Meu amor é o Timão). Toquinho, com “Corinthians do meu coração”, Rita Lee, com “Amor Preto e Branco”, e até Jorge Bem Jor, com “Joga Corinthians”, merecem destaque.
- O Corinthians é o único clube, talvez ao lado do Flamengo, que a paixão independe do resultado. Ser corintiano é uma religião – disse Toquinho.
O Alvinegro do Parque São Jorge também foi tema de dezenas de livros dos mais variados temas. Rebaixamento, retorno à elite, torcida, história, ídolos, tudo foi retratado em publicações. Até mesmo os torcedores mirins ganharam atenção. O apresentador Serginho Groisman lançou o livro “Meu Pequeno Corintiano”, contando para as crianças as histórias do clube do coração dele.
- Minha história com o futebol tem a ver com o meu pai. Ele tentou me fazer torcer para o São Paulo, mas não conseguiu. Escrevi as minhas experiências e a história do time. Foi diferente escrever para criança, mas não foi difícil. A criança de hoje tem uma compreensão do mundo mais real, mas isso não significa que não há mais o imaginário – contou.
Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Cerca de 80 mil pessoas no Maracanã no domingo, pouco mais de mil gatos pingados no Serra Dourada no sábado. A rodada#15 do Brasileirão, que uniu os dois extremos de público nas arquibancadas e mesmo assim teve a melhor média da competição (23,3 mil pagantes por jogo), terminou com Fluminense e Corinthians disparados e embolados nas duas primeiras posições, três estreias esperadas que foram apenas discretas e um sinal de alerta para três gigantes: Grêmio e Atlético-MG ficaram no Z-4, e o São Paulo cada vez mais parece estar se aproximando da zona da degola.
A briga pela liderança ficou mais acirrada depois que o Fluminense empatou com o Vasco por 2 a 2 e que o Corinthians bateu o São Paulo por 3 a 0. O Timão chegou a 31 pontos e colou no Tricolor, que está com 33 e que viu sua torcida sair do Maracanã achando que a estreia de Deco poderia ter sido melhor. O segundo maior salário do Brasileirão (atrás apenas de Ronaldo) jogou pouco mais de 20 minutos e perdeu um gol feito.
Mas não foi só Deco. Palmeirenses e santistas aguardavam ansiosos por ver Valdivia e Keirrison em campo. Os dois só puderam curtir os reforços por 45 minutos. Os alviverdes sofreram com um time que se segurou para não ser derrotado pelo Guarani, ainda mais depois que Marcos Assunção foi expulso. O Mago chileno mostrou estar tão fora de forma quanto o K-9 santista (que jogou com a camisa 18) e precisa de mais entrosamento com Ganso e Neymar, estrela da vitória por 2 a 0 sobre o Galo.
Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
Números da rodada | |
---|---|
2 gols por jogo (20 gols) | |
51 cartões amarelos | |
4 cartões vermelhos |
A rodada também teve festa para duas torcidas alvinegras: Botafogo e Ceará conseguiram vitórias sobre Avaí e Grêmio e ficaram no G-4, ainda distantes dos dois primeiros. E para os rubro-negros Vitória e Atlético-PR, que com vitórias por placar mínimo sobre Cruzeiro e Flamengo, conseguiram alguma distância em relação ao Z-4.
O Beira-Rio também era para ser festivo, mas não foi isso que aconteceu. Após o título da Taça Libertadores, os colorados esperavam comemorar com uma vitória sobre o lanterna Atlético-GO, mas o Dragão segurou o time reserva dos gaúchos, e o 1 a 1 resultou até em vaias para os donos da casa. Os goianos, por sinal, estão coladinhos nas duas últimas posições. No sábado, o Goiás decepcionou diante de sua torcida e foi derrotado pelo Grêmio Prudente por 2 a 1.
SELEÇÃO DA RODADA #15 - TROFÉU ARMANDO NOGUEIRA
Rogério Ceni (São Paulo) - 7,5, Eduardo (Vitória) - 7,0, Fábio Ferreira (Botafogo) - 7,0, Maurício Ramos (Palmeiras) - 6,5 e Julio Cesar (Fluminense) - 6,5; Elias (Corinthians) - 8,0, Jucilei (Corinthians) - 6,5, Bruno César (Corinthians) - 7,0 e Carlos Alberto (Vasco) - 7,5; Jorge Henrique (Corinthians) - 8,5 e Júnior (Vitória) - 7,5. Técnico: Adilson Batista (Corinthians) - 8,0.
SELEBABA DA RODADA #15:
Renan (Internacional), Rômulo (Cruzeiro), Anderson (Ceará), Werley (Atlético-MG) e Juan (Flamengo); Willian Magrão (Grêmio), Rafael Jataí (Atlético-MG), Leandro Bonfim (Avaí) e Renato (Flamengo); Thiago Ribeiro (Cruzeiro) e Washington (Fluminense). Técnico: Rogério Lourenço (Flamengo).
O MELHOR (E O PIOR) DA RODADA #15
Muralha da rodada: o Corinthians venceu o São Paulo por 3 a 0, mas o resultado acabou ficando barato para o Tricolor. Rogério Ceni teve bastante trabalho e salvou o seu time de levar uma goleada. No segundo tempo, o goleiro fez uma linda defesa após um voleio a lá Bebeto de Bruno César. A bola tinha o endereço do ângulo esquerdo, mas parou no voo preciso do capitão são-paulino.
Tombo da rodada: aos 25 minutos do segundo tempo, o Atlético-MG já perdia para o Santos por 1 a 0 quando o goleiro Aranha deixou a sua meta e partiu em disparada para a lateral esquerda com o objetivo de evitar um escanteio para o adversário. Em vão. O camisa 20 deu um carrinho para acertar a bola, mas deu uma furada incrível e deslizou por uns três metros no gramado da Vila Belmiro.
Drible da rodada: Willian Magrão marcou um gol contra a favor do Ceará no jogo de sábado, no Castelão, mostrando que a fase não está nada boa pelos lados do Olímpico. Mas não foi só de momentos ruins que o meia tricolor viveu na capital cearense. Ainda no primeiro tempo, ele aplicou dois chapéus em jogadores diferentes no meio de campo e com estilo deu sequência à jogada.
Gol mais perdido da rodada: Deco foi apresentado pelo Fluminense com status de grande estrela. Jogador com duas Copas do Mundo nas costas, grande experiência internacional e... gol incrivelmente desperdiçado logo em sua estreia pelo Tricolor. O meia, que entrou no segundo tempo para tentar tirar o 2 a 2 do placar, recebeu cruzamento rasteiro e preciso de Julio Cesar, mas isolou, mandando por cima do gol de Fernando Prass.
Golaço da rodada: Se Deco decepcionou a torcida do Fluminense perdendo um gol fácil, Júnior deu aos rubro-negros baianos um presente alcançado na base da raça e da técnica. O atacante recebeu na intermediária, girou para cima do zagueiro Gil, avançou até a meia-lua e mandou uma bomba no canto esquerdo de Fábio para garantir o 1 a 0 para cima do Cruzeiro, em Ipatinga.
Mico da rodada: quando a fase não é boa... O Goiás amarga a vice-lanterna do Campeonato Brasileiro após desperdiçar mais três pontos em casa, no jogo de sábado, contra o Grêmio Prudente. Em casa, o Esmeraldino foi derrotado por 2 a 1 e a situação poderia ser menos pior se Romerito não perdesse um pênalti e o rebote do goleiro Giovanni na mesma jogada. O meia bateu com cavadinha no canto esquerdo e depois bateu em cima do adversário.
Ilusão de ótica da rodada: ataque do Corinthians, bola para Jorge Henrique na direita e... carrinho no assistente? Pelo menos foi essa a impressão que ficou de quem assistia ao jogo pela TV. Mas foi só ilusão de ótica. Ao tentar evitar que a bola saísse, o atacante do Timão deu um carrinho e, por coincidência, Daniel Luis Marques escorregou na mesma hora. Depois, os dois riram e se abraçaram.
O duplo fogo-amigo da rodada: Ceará e Grêmio fizeram um jogo inusitado no Castelão. Cada equipe marcou um gol-contra, ambos no primeiro tempo. Primeiro foi o meia tricolor Willian Magrão, de cabeça, ao tentar cortar um cruzamento de Wellington Amorim. Depois, o zagueiro alvinegro Anderson não conseguiu tirar o corpo da direção da bola. Após um escanteio batido por Douglas, ela bateu nele e morreu no fundo da rede de Diego.
Por Diego Ribeiro e Leandro Canônico São Paulo
Nenhum time é grande se não tiver rivais à altura. Pois na falta de um, o Corinthians tem logo três. Contra Palmeiras, São Paulo e Santos, o Timão colecionou vitórias e derrotas que, de uma forma ou outra, engrandeceram ainda mais a rica história do clube. O "maior" rival depende da época. Nos anos 90, o Verdão era o principal adversário. No começo da década, Tricolor e Peixe tiveram duelos marcantes com o time do Parque São Jorge. Em comum, os três têm marca registrada no centenário corintiano.
Os primeiros rivais do Corinthians eram adversários não só na bola, mas também na ideologia. O Timão nasceu em 1910 para se opor às elites que dominavam o futebol paulista e logo alimentou as primeiras "inimizades". Americano e Germânia eram os adversários mais frequentes do Timão nos primeiros anos - e também fregueses. O Alvinegro perdeu apenas duas vezes na história, uma para cada.
Depois, quando as duas ligas paulistas se fundiram, Paulistano e A.A das Palmeiras (não é o Verdão) se tornaram os adversários a serem batidos. E o Timão, mais uma vez, não fugiu da responsabilidade. Contra o Paulistano, o retrospecto é equilibrado: 8 vitórias, 2 empates e 9 derrotas em 19 partidas. Diante da A.A das Palmeiras, a vantagem é esmagadora: 16 triunfos, um empate e só uma derrota, em 1918.
No fim dos anos 10, Palmeiras (ainda como Palestra Itália) e Santos começaram a fazer os primeiros jogos contra o Timão. O São Paulo veio bem mais tarde. O clube tricolor, ainda como São Paulo da Floresta, enfrentou o Corinthians pela primeira vez em 1930.
Derrotas doloridas e alegrias marcantes no Dérbi
A relação do Corinthians com o Palmeiras é recheada de histórias dramáticas. Considerado historicamente o maior rival do Timão, o Alviverde esteve presente em alguns dos momentos mais marcantes dos 100 anos do clube. O primeiro Dérbi realmente decisivo foi em 1954, quando o time treinado por Oswaldo Brandão foi campeão do IV Centenário de São Paulo depois de um empate por 1 a 1 com o Verdão.
Em 1974, o Timão sofreria uma decepção. Na final do Paulistão daquele ano, o Palmeiras frustrou os planos de Rivellino e companhia de tirar o clube da fila sem títulos que já durava 20 anos. Um gol solitário de Ronaldo deu a vitória por 1 a 0 aos palmeirenses. Rivellino, muito pressionado depois da derrota, acabou saindo do Corinthians rumo ao Fluminense.
Nos anos 90, a rivalidade ficou ainda mais acirrada. Entre 93 e 94, o Timão não deu sorte e perdeu três decisões para o Palmeiras: Paulista e Rio-São Paulo de 93, mais o Brasileiro de 94. Mas o troco foi saboroso para o torcedor corintiano. Em 1995, na final do Paulista, a equipe alvinegra venceu na prorrogação com um golaço de Elivélton e levantou a taça.
Corinthians e Palmeiras virou clássico continental em 1999 e 2000, dois momentos de muita dor para a equipe do Parque São Jorge. Em 99, os times se cruzaram nas quartas-de-final da Taça Libertadores. Vitória palmeirense por 2 a 0 no primeiro jogo, e corintiana pelo mesmo placar no segundo. A decisão foi nos pênaltis e Marcos defendeu as cobranças de Vampeta e Dinei.
Para amenizar, o Timão venceu o mesmo rival no Campeonato Paulista, em jogos cercados de polêmica. O Verdão tinha sido campeão da Libertadores dias antes da segunda partida da decisão. Mordidos, os jogadores corintianos abriram 2 a 0, sofreram o empate, mas ficaram com o título estadual em um jogo que não acabou. Provocador, o atacante Edílson resolveu fazer embaixadinhas no meio de campo e foi o estopim de uma briga generalizada no Morumbi.
No ano seguinte, mais rivalidade. Desta vez, em duelos ainda mais dramáticos. De novo pela Libertadores, Corinthians e Palmeiras fizeram uma das semifinais da competição. No papel, o Alvinegro era muito superior e mantinha a base bicampeã brasileira em 98 e 99, e do Mundial de Clubes de 2000.
No primeiro jogo, 4 a 3 Timão. No segundo, 3 a 2 Verdão. Mais uma vez, pênaltis. Mais uma vez, Marcos no caminho corintiano. O camisa 12 pegou a cobrança de Marcelinho Carioca e foi o responsável por, talvez, o maior trauma da história do clube. Apesar disso, o torcedor corintiano reconhece o goleiro como um dos jogadores que mais respeita a história centenária. E Marcos faz questão de mostrar a importância que dá ao maior rival.
- Ter o Corinthians como rival é o que torna o Palmeiras grande. Ter rivais de peso e eternos faz com que a torcida se apaixone pelo time e pelo futebol. Já ganhei um monte e já perdi um monte para eles também. Sempre respeitei o Corinthians porque para você estar em um time grande tem de ter concorrentes do mesmo nível. É uma equipe que sempre respeitei muito - afirmou o goleiro.
Nos últimos anos, a relação entre Palmeiras e Corinthians é mais do que amistosa. As diretorias têm feito ações conjuntas para promover o clássico desde o ano passado e utilizam um logo especial nas camisas sempre que se enfrentam. Ronaldo marcou seu primeiro gol pelo Timão, de cabeça, justamente no primeiro jogo planejado em conjunto, em 8 de março de 2009.
Animosidade recente com o Tricolor
Muitos corintianos já consideram o São Paulo como o maior rival, em vez do Palmeiras. Isso porque a rivalidade cresceu demais na última década, com decisões seguidas, tabus e animosidades dentro e fora de campo. O capítulo mais recente do clássico Majestoso foi neste domingo, com vitória do Timão por 3 a 0, no Pacaembu.
Antes desta década, os principais encontros entre Corinthians e São Paulo foram em Campeonatos Paulistas. Em 1982 e 83, o Timão conquistou o bi em cima do Tricolor. O atacante Casagrande, protagonista das duas finais, relembra a importância do rival na história corintiana. Em 84, ele atuou pelo clube do Morumbi.
- O São Paulo sempre foi um grande rival para o Corinthians, na época da Democracia tinha um grande time. Pelas decisões recentes, o duelo ganhou muito mais importância - analisa Casagrande.
Do fim da década de 90 até hoje, os clubes se envolveram em vários jogos eliminatórios - com vantagem para o Corinthians: desde a final do Paulista de 98, foram oito mata-matas. O Timão venceu seis deles. Em cima do São Paulo, o time também conquistou seu primeiro título em nível nacional. No Brasileiro de 1990, a equipe comandada por Neto bateu o Tricolor duas vezes por 1 a 0. No último jogo, a lembrança mais marcante é a do gol de Tupãzinho, batendo Zetti em um gol de carrinho.
Mata-matas desde 98 | |
---|---|
Vantagem do Timão | Vantagem do Tricolor |
Paulista (semifinais de 99 e 2009, final de 2003); Rio-São Paulo (final de 2002); Brasileiro (semifinal de 99); Copa do Brasil (semifinal de 2002) | Paulista (final em 98 e semifinal em 2000) |
Outra lembrança boa para o corintiano veio em 1999. Nas semifinais do Brasileiro daquele ano, o Timão bateu o rival em grande estilo. O ponto alto ocorreu no primeiro jogo, quando Dida defendeu dois pênaltis batidos por Raí, ídolo tricolor.
Hoje, o clássico é marcado por tabus. De 2003 a 2007, o Corinthians ficou 12 jogos sem vencer. Desde um gol solitário de Betão, em 7 de outubro de 2007, o time inverteu a situação, que persiste até hoje. De lá para cá, já são dez jogos sem derrotas corintianas.
Dentro e fora de campo, as provocações têm pautado o Majestoso. Tudo começou com Vampeta, que resolveu inventar um apelido nada carinhoso para os são-paulinos. Anos depois, em tempos de supremacia tricolor no clássico, o meia Souza resolveu rebater as brincadeiras e passou a ser o grande alvo dos corintianos.
Entre as diretorias, a relação também não é das melhores. Acostumado a atuar no Morumbi, o Timão rompeu laços no ano passado, quando o presidente Juvenal Juvêncio passou a exigir que os visitantes só tivessem direito a 10% da cota de ingressos nos clássicos. Antes, um acordo de cavalheiros garantia estádio dividido para as duas equipes. Desde então, o presidente Andrés Sanches decretou que o Corinthians só jogaria lá quando fosse obrigado.
Pelé, Robinho, Ricardinho, Tevez...
Corinthians e Santos fazem o clássico mais antigo do estado de São Paulo: o primeiro jogo foi em 22 de junho de 1913, um ano após a fundação do Peixe, com vitória corintiana por 6 a 3. Desde então, os clubes alvinegros promoveram jogos recheados de craques - inclusive o maior deles, Pelé.
O Timão sofreu muito nos pés do Rei do Futebol, que fez 50 gols em 48 partidas contra o rival - um deles com a camisa da Seleção Brasileira. Na fase de Pelé, o time ficou 11 anos sem vencer o Santos - de 1957 a 68. O problema era tão grande que o dia da quebra do tabu teve festa digna de título. Em 6 de março de 68, o Corinthians fez 2 a 0 com gols de Flávio e Paulo Borges, acabando com a sequência negativa.
Em compensação, outros craques deram muitas alegrias ao Corinthians diante do rival. Em 2001, um gol de Ricardinho no último minuto deu a classificação à final do Campeonato Paulista e, de quebra, deixou o Santos por mais um ano na fila de títulos.
Coincidência ou não, a fila do Peixe acabou no ano seguinte justamente em cima do Corinthians. Comandado por Robinho, o time da Vila Belmiro bateu o Timão na final do Campeonato Brasileiro e tirou a chance de um ano perfeito corintiano. No primeiro semestre de 2002, as taças do Rio-São Paulo e da Copa do Brasil já tinham ido para o Parque São Jorge.
Em 2005, outro astro brilhou no clássico: o argentino Carlitos Tevez. Seu principal jogo contra o Peixe foi a goleada por 7 a 1, na qual fez três gols e dançou a tradicional cumbia, para alegria da torcida que lotou o Pacaembu naquele 6 de novembro.
Hoje, os clubes têm relação tranquila fora de campo, mas nem tanto dentro dele. Desde a decisão do Paulista do ano passado - vencido pelo Corinthians - o atacante Neymar tem sido alvo de polêmicas. Em 2009, levou uma dura de Cristian e acabou tendo pouco destaque. Neste ano, mais malandro, o garoto fez bela exibição pelo Paulistão e deu um chapéu em Chicão quando a bola não estava em jogo.
A convincente vitória por 3 a 0 sobre o São Paulo animou a torcida do Corinthians no desafio de alcançar o Fluminense, líder do Campeonato Brasileiro. A euforia ganha respaldo no fato de a campanha atual ser igual à de 2005, quando o clube alvinegro faturou o tetracampeonato.
Já a equipe tricolor vive fase oposta e não consegue repetir as reações das temporadas anteriores. O time do Morumbi tem apenas 17 pontos, é o 15º e convive com a ameaça de rebaixamento – tem dois pontos a mais do que o Grêmio, que abre a zona da degola.
Ao término da 15ª rodada, a equipe do técnico Adilson Batista soma 31 pontos e está a dois do Flu. Há cinco anos, o clube de Parque São Jorge, à época comandado por Márcio Bittencourt, somava os mesmos 31 pontos e ocupava o segundo lugar, atrás da Ponte Preta.
“O momento é bom, é só saber aproveitar a partir de agora”, comentou o lateral-esquerdo Roberto Carlos, após o triunfo no Pacaembu. “O Corinthians vem em uma crescente dentro da competição e isso ajuda muito para que a gente possa pensar em ganhar o campeonato. É bom colocar na cabeça de cada um que tem que manter esse nível de jogo.”
Presente nas sete últimas edições da Copa Libertadores, o São Paulo está a sete pontos do G-4. Entre 2006 e 2009, o clube soube reagir após os insucessos na Copa Libertadores. No ano passado, por exemplo, Ricardo Gomes assumiu o comando em situação similar, e as vitórias surgiram a partir da 12ª rodada. Na 15º, a equipe já estava com 21 pontos, de olho no G-4.
Agora, porém, os resultados tardam a aparecer após a eliminação para o Internacional, nas semifinais do torneio continental. Essa é a pior campanha desde 2005, quando o time de Paulo Autuori deixou o Brasileiro de lado porque ganhara a Libertadores e o foco estava no Mundial de Clubes, em dezembro.
“Não estou preocupado com a tabela neste momento, porque tem muita coisa para acontecer no campeonato. Penso em relação ao nosso time, pois temos de jogar mais. Fomos mal, mas não adianta falar porque parece que estamos procurando desculpa”, opinou Fernandão.
“O São Paulo hoje está a dois pontos da zona de rebaixamento e a sete do G-4, mas vamos olhar para o topo da tabela, que hoje está distante, mas é o nosso objetivo”, observou o técnico interino Sérgio Baresi.
Na quarta-feira, às 22h, o Corinthians vai a Uberlândia enfrentar o oitavo colocado Cruzeiro, enquanto o São Paulo recebe o Vasco, que figura em nono lugar, no Morumbi.
Fichas dos jogadores Clique aqui e acesse as fichas técnicas completas de todos os atletas do Timão
História Em 1977 Basílio marcou o histórico gol contra a Ponte Preta no Morumbi; leia!
Jogos Clique e acesse as fichas técnicas de todos os últimos jogos do Alvinegro paulista
Fundação: 1 de setembro de 1910
Estádio: Fazendinha
Presidente: Andrés Sanchez
Site: www.corinthians.com.br