Advogado de Dualib ironiza decisão diz que vai recorrer da sentença
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Ex-presidente corintiano Alberto Dualib foi condenado a 45 meses de prisão em regime aberto
O advogado de Alberto Dualib, José Luiz Toloza, confirmou que vai recorrer da sentença que condenou o ex-presidente do Corinthians a três anos e nove meses de reclusão, em regime aberto, por crimes de estelionato contra o clube paulista.
“É evidente que vou recorrer. É claro que essa sentença foi injusta. Para você ver o quanto o juiz estava convicto, demorou quase 60 dias para dar a sentença”, declarou Toloza ao UOL Esporte.
Na sentença do juiz Marcelo Semer, da 15ª Vara Criminal Central, o regime fechado foi substituído por prestação de serviços à comunidade pelo mesmo prazo da pena fixada. Além disso, ele terá que pagar 50 salários mínimos (R$ 25 mil) ao Corinthians, fora os 36 dias-multa, fixados em um salário mínimo vigente à época dos fatos.
Além de Dualib, Nesi Curi, Juraci Benedito, Marcos Roberto Fernandes e Daniel Espíndola da Cunha teriam desviado R$ 1.433.333,00, em dinheiro e cheques, em nome das empresas NBL Serviços Contábeis, CSC Consultoria, Angulus-Ware Sistemas e Tecnosys Software.
Esses outros acusados foram condenados no mesmo processo. Todos, no entanto, foram absolvidos da acusação de formação de quadrilha. O juiz ainda declarou extinta a punibilidade de Alberto Dualib e Nesi Curi em relação ao delitos praticados antes de 7 de março de 2008, a data do recebimento da denúncia.
Passagem polêmica pelo Corinthians
De 1993 até 21 de setembro de 2007, Alberto Dualib foi o presidente do Corinthians, na fase mais vitoriosa do clube. Mas uma série de escândalos fez com que saísse pela porta dos fundos do clube. Renunciou após ser acusado pela Polícia Federal pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha durante a parceria com a MSI.
O desligamento de Dualib do clube teve festa da torcida e até um enterro simbólico do dirigente – bonecos com a sua cara foram malhados como os de Judas na Páscoa. Mas, antes de toda essa confusão que culminou na sua saída e no rebaixamento do Corinthians, ele já se metia em confusão.
Foi em 1997, dez anos antes de sua saída do clube. Dualib foi chantageado pelo comandante da arbitragem brasileira, Ivens Mendes, e ofereceu uma ajuda de “um zero zero”, código decifrado ao telefone como R$ 100 mil. Enquanto Mendes queria verba para sua campanha política, o dirigente corintiano esperava que o valor evitasse que o time fosse prejudicado.
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