Em dia de apresentação da proposta do estádio ao Conselho, sonha com oferta do Governo
Investidores apresentam detalhes nesta segunda. Andrés Sanchez idealiza proposta do Governo que faça um estádio para o clube de graça e ainda desbanque o Morumbi
Marcel Rizzo, iG São Paulo
- Com Morumbi contestado para 2014, Conselho corintiano analisa proposta de estádio
- Arena de Pirituba é plano B para abertura da Copa de 2014
- Kassab diz que Morumbi é única opção de São Paulo para Copa
- Twitter do iG Esporte: Principais notícias, fatos inusitados, vídeos e opinião
Nesta segunda-feira, às 19h30, o Conselho Deliberativo do Corinthians se reúne no Parque São Jorge para conhecer detalhes do projeto de construção de estádio encabeçado pelo banco português Banif e que tem as construtoras Hochtief e EIT como parceiras. Executivos desta última farão apresentação de maquetes e da documentação reveladas com exclusividade pelo iG em 14 de abril.
- Reprodução |
Maquete do projeto encabeçado pelo Banif e que será apresentado nesta segunda ao Conselho corintiano |
É o primeiro projeto concreto que será analisado nesta gestão do presidente Andrés Sanches, mas o Conselho Deliberativo não tem poder de decisão: num primeiro momento vai conhecer a proposta e depois pode até se posicionar a favor ou contra, mas a palavra final é da
diretoria, ou seja, de Sanchez.
“É o primeiro projeto sério que vejo em 30 anos que tenho de clube. Se vai sair ou não, não sei, mas o Conselho tem que conhecer a proposta”, disse Carlos Senger, presidente do CD.
Em conversa informal com conselheiros no final da semana passada, Sanchez disse que a proposta do Banif está bem elaborada, mas que existe outra possibilidade, esta mais vantajosa para o clube e que está sendo tocada pelo Governo (não especificou se federal ou estadual). Este estádio seria a opção caso o Morumbi seja vetado pela FIFA para receber jogos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
A construtora Odebrecht é quem analisa a viabilidade de se construir um campo para 65 mil pessoas no bairro de Pirituba, na zona norte da Capital. Seria erguido basicamente com dinheiro público e depois doado ao Corinthians, já que não se viabiliza a manutenção de um estádio sem ter um grande clube do futebol como proprietário. O terreno a ser utilizado é o mesmo que a prefeitura da Capital planeja criar um enorme centro de convenções, que seria o maior da América Latina.
Estádio de graça
No projeto do Banif, a obra custaria R$ 340 milhões e seria construída em dois terrenos a serem comprados na margem da rodovia Ayrton Senna, na zona leste, na divisa entre São Paulo e Guarulhos. Os investidores teriam direito de vender camarotes, cativas, cativas VIP, lojas internas e o nome do estádio, projetando assim um lucro de R$ 155,7 milhões. Ao clube, por 20 anos, restariam apenas receitas de bilheteria, lojas externas e estacionamento.
Esta sociedade desagrada parte da diretoria, encabeçada pelo diretor de marketing Luís Paulo Rosenberg. “O Corinthians não pode abrir mão de gerir as vendas de camarotes e cativas. Projetos assim (como os do Banif) não são interessantes”, diz Rosenberg, que ainda é a favor de uma parceria com a prefeitura para o Corinthians reformar o estádio do Pacaembu e pegar a concessão por 50 anos. Este assunto travou porque a secretaria de esportes elaborou um projeto muito caro na visão do Corinthians.
Andrés Sanchez também torce o nariz para dividir receitas com parceiros. Ele quer que uma empresa construa o estádio e o doe ao Corinthians sem custos. Por isso olha com carinho para a possibilidade de ganhar um campo que fosse construído para a Copa. E, de quebra, teria o gostinho de ver um estádio corintiano no Mundial, no lugar do Morumbi do desafeto São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário