Corinthians blinda Ronaldo contra torcida do Flamengo
O Corinthians antecipou viagem de seu astro, escondeu informações, esquivou-se em aeroporto e armou segurança para evitar confrontos com a torcida do Flamengo no Rio de Janeiro. O que se viu foi indiferença dos cariocas. Pelo menos até agora.
A pressão virá na noite desta quarta-feira: só restavam 5.000 ingressos para a partida, de um total de 68 mil disponibilizados.
Temendo ataques e protestos dos rubro-negros, o atacante Ronaldo viajou antes do grupo, ainda segunda à noite, ao lado do presidente Andres Sanches. Chegou ao aeroporto sem sobressaltos.
O jogador é desafeto da torcida do Flamengo desde que fechou com o time paulista, desprezando o clube que diz ser torcedor e onde se recuperou de contusão em 2008.
A promessa é que, no estádio, façam provocação ao ataque, até com travestis, alusão à polêmica em que se envolveu naquele ano. A viagem do restante do time não teve horário divulgado. A intenção era evitar pressão sobre os atletas.
Ao chegar ao Rio, os jogadores foram pegos ainda na pista pelo ônibus que os levou ao hotel em Copacabana, onde chegaram sem ouvir protestos.
O hotel escolhido ficava a cerca de dez minutos de ônibus até o campo do Botafogo. Isso evitava trajetos longos.
Ao deixarem o hotel, os atletas corintianos, inclusive Ronaldo, caminharam lentamente pelo hall do hotel. Passaram pela calçada sem correrias.
Como havia um ônibus na rua, juntaram-se alguns curiosos. Nenhum deu nem sequer um grito contra o time.
Na porta do ônibus, três seguranças pessoais de Roberto Carlos --Ronaldo não levou os seus, segundo a assessoria corintiana. O Batalhão de Choque da Polícia Militar fez a escolta, procedimento rotineiro de acordo com o clube paulista.
No Botafogo, o treino atraiu a atenção dos sócios do clube alvinegro carioca. Quatro garotos botafoguenses gritaram o nome do atacante, que nem olhou.
No hotel, também havia poucos torcedores corintianos, ao contrário de jogos decisivos como a final da Copa do Brasil, contra o Inter, em 2009.
Pela manhã, em evento da CBF, Andres disse esperar uma invasão corintiana, segundo o portal "iG". Mas, se os corintianos virão, chegarão no dia do jogo ou estavam escondidos. No treino, não deram as caras.
A diretoria do Flamengo deu 2.700 bilhetes para a torcida adversária. Foram todos vendidos às organizadas e a clientes da Timão Tur, empresa de turismo ligada ao clube.
A Polícia Militar fará esquemas para evitar confrontos, especialmente de corintianos sem ingresso.
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